A Flor, o Vento e a Borboleta.

Uma vez um grão de pólen,
caiu no topo de uma pedra.
Onde nasceu uma flor,
Borboleta seu nome era.

Borboleta cresceu sozinha,
ela vivia sempre tristonha.
Enraizada no topo da pedra,
longe das outras flores como ela.

Um dia ela descobriu,
que tão sozinha não era,
pois o vento de manhãzinha,
estava a olhar pra ela.

Um dia ela sorriu,
pois tão tristonha não era,
por que o vento a tardinha,
balançava suas pétalas.

Era muito feliz,
aquela flor amarela.
Quando o vento a abraçava,
muito feliz era ela.

Um dia a nossa flor,
cresceu por sobre a pedra,
bem alto, alto estava ela,
podia ver por toda Terra.

E foi lá de cima que viu,
que o vento, que era vento
como vento não era dela,
pois andava se engraçando
com toda flor amarela.

E lá de cima ela chorou,
e chorando despetalou,
pois se sentiu sozinha,
tristonha raiz sobre a pedra.

Sozinha tristonha chorou,
até que sobrassem apenas
duas pétalas aquarelas,
já nem tanto amarelas.

Mas o vento, que tão vento que era
voltou para cima da pedra,
abraçar sua flor tão bela,
não viu o que fizera...

Meu Deus que ele fizera?
Pobre da flor aquarela,
que num abraço carinhoso,
foi arrancada da pedra.

O vento com ela subiu,
mais alto que o alto da pedra,
e lá do alto ela viu,
que sozinha era não ela.

Foi então que desceu,
pois vento o vento era,
e aos poucos faleceu,
a raiz de flor que havia nela.

Mas antes de ir ao chão,
despertou alegria amarela,
sorriu para a solidão,
uma borboleta aquarela.

...parasempreamarela...