Faço de branco a caixa-preta
Do céu eu fiz a Terra
Sob meus olhos escondo meu olhar
O verbo amar sob oculos sem lentes
O amor tira-lhe os sentidos e você não sente
Tudo sob a transformação da carne
Mas duas pinceladas e 'Voalá'
E no meu ateliê penso não estar consciente
Um cinzel, um caderno e o céu
E o impossível será minha inspiração
O vento traz lembranças
De um ateliê antigo
Que era meu último abrigo
Entregue às baratas e à dança
De uma realidade incontida no olhar
Seria bom poder mudar
Essa ilusão difícil de explicar
Que não podemos interferir
E por isso quero voltar ao sonho