Sabe quando é noite no Sertão? As coisas parecem sim, mas na verdade não. Muitos chamam isso de solidão. E nesse caos, corria Raimundo, como quem corre do mundo.
Por que? Por que corres Raimundo?
Quem falou isso?
Eu, a árvore.
Árvore? Você é semente!
Não, eu sou árvore.
Você dá frutos?
Os melhores do mundo.
Então você é semente!
E sorriu o sorriso dos vencedores...
Sou árvore, olhe para mim...
Sim...
Ou melhor, estou árvore, já estive semente.
Então você amadureceu!
Não, quem amadurece são os frutos, as árvores somente crescem.
E sorriu o sorriso dos apaixonados...
Árvore, você pode me ajudar?
Posso sim.
Não sei por onde começar...
Só se pode começar pelo começo.
Tudo bem, ^ e procurou palavras, e formou frases, depois as apagou, não era isso que queria dizer, ou seria... não... quem sabe... talvez...
Voce deve estar atrás de sua estrela, uma vez me passou aqui um menino com o mesmo problema...
É isso! ED334... ...? - e então procurou algo no céu, algo que nem se lembrava mais onde costumava ficar, e o desespero fez-se.
O garoto que havia vindo da outra vez seguiu a direção de meu galho mais alto, procure-o, ele pode ajudá-lo.
E sorriu o sorriso dos desolados. E correu, mas sem pressa, sem passos largos.