Ao fixar meu olhar naquela foto, com seu nome gravado a tinta azul, suplico ao tão azul do céu. Que na sua imensidão não deixes que eu me perca na sua insignificância, que não me deixes enganar por cores nem cortes, que sejas sempre fiel a sua aliança de sentimento, que brota do céu e vai à imensidão.
Ao desviar meu singelo olhar, não vejo mais céu nem nada, vejo o fim da chegada. A agonia logo tomou conta do meu ser, e logo volto à tão bela foto. O que mais me deixa fissurado são aquelas letras de escrava enobrecida com mãos de anjos. Letras em azul, azul, puro azul, belo azul, simples azul, azul.
Logo percebo que tenho que prosseguir com o álbum, não passo daquela foto. Mas ela me prende, armadilha de palavras que me atormenta e me deixa mais amável.
Passo a foto.
Vejo agora uma carta, e a mesma letra meiga escrevendo versos adoráveis, como o sol tece a manhã. Da carta tenho lembranças boas, momentos em que dizes gostar do ser meu. Guardo-a como ouro, a foto já é vida, a carta é mais comprida. Leio, releio e anseio os bons momentos.
Novamente passo a página.
Desta vez o que me aparece? Uma caixa espantada. Aquilo eu não quis ver, penso que vou remoer mais coisas e assim mais saudades eu vou ter. Oh que queria mesmo era te ver, só mais uma vez. Ver e abraçar, poder sonhar mais uma vez, pedir o perdão, ser cortês.
Se o universo hoje me desse um presente, pediria,imploraria, um beijo seu. Um suspiro de amor, uma vida encantada, amada.
Mas o meu presente aqui já achei. Quando eu senti o seu cheiro outra vez, seu perfume ali estava, na caixa espantada, que não iria abrir. Abri por que teimei, agora me vem aquela vontade de ser teu outra vez. Longe Alguém te chamou, um projeto à ti Ele criou e de mim te tirou. Mas espero que da próxima vez, não demore a me encontrar, se em outra nos encontrarmos te pego, te amasso, te gamo e te amo. E para sempre serás minha.
Que assim seja, o PARA SEMPRE NUNCA ACABE.