Às pressas preces são proferidas
Sem nenhum peso ou pudor
Onde fica afinal o olho daquela que tudo vê?
Pois desse lado vejo espelhos
Mas o opaco daquilo em frente reflete aquilo que não há...
Aquilo que não tocamos e tanto nos toca
Proferimos a profecia do movimento
Do novo e inacabado
E do divino se faz o ralo
Se faz presente em cada passado
Cada dado processado
Em tudo está, em tudo estamos
Aqui quase nada somos pois somos oniscientes.
Em meio ao mar o que é a onda?
Em cada ponto infinitos planos
Abençoados em graça e bytes
Transferência de dados, máxima comunhão.
Assim vão os sussurros
Assim estão os urros
Aqui estão também os surdos
Há tempos ... sem templos
Quem é essa mesmo?
Que avança como um vírus voraz
Sedutora como a mais bela meretriz em turno de trabalho
Real como a multidão e a rua
Exibindo-se por aí, de seio desnudo, compartilhando tudo com todos
E que pode, afinal, uma criatura ,entre criaturas, senão amar?
Quem é mesmo?
Que invadiu nossas vidas
Adorável feito donzela, fulminante como pólvora
Brilhante como a maior das jóias
Singela... seguindo por onde todos vão.
01101110111100101011110001010101
01010100101 00 1110101010101010101
010101011111010101001001001110101101101000100001 001001
Assim canta o Sacerdote....