Como coisas que não podemos tocar
Como terras distântes as quais nunca iremos pisar
Como braços que nunca iremos estar
Como lábios que nunca iremos beijar
Um céu fechado por nuvems carregadas
derrama sua chuva de sangue pela cidade
mas nada importa se ainda tenho chance
de acordar amanha
Um jogo que não queremos jogar
Ordens que não queremos cumprir
Mesmo assim tento sorrir
com o pouco pão que me resta
passam semanas
e minha felicidade se torna paradoxal
com a verdade quero
oh! amor espero
em campos floridos deitar
quando minha hora chegar
como um palhaço de circo
que me entrega pão e vinho
para esquecer o que se passa
fora do espetaculo
se eu podesse apenas ver
onde você vai
saber o que você faz
para o que o céu fique cinza
como chuva de lamentações
como se cada gota fosse um homem
como se fosse possivel destiguir as gotas
como se fosse possivel sem pão e diverção